Com um investimento global de 14,6 milhões de euros e o envolvimento de uma equipa de mais de 200 pessoas, o inpactus – produtos e tecnologias inovadores a partir do eucalipto foi desenvolvido em co-promoção entre a The Navigator Company, o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, a Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro. Contou ainda com o envolvimento de instuições parceiras, como a Universidade da Beira Interior, Universidade do Minho, Instituto Superior Técnico, Universidade Nova de Lisboa, Instituto Ibérico de Nanotecnologia, Centros de I&D RISE Bioeconomy (da Suécia) e Fraunhofer (da Alemanha) e a spin-off Satisfibre.
Ao longo de quatro anos e nove meses, a qualidade da investigação e desenvolvimento tecnológico do inpactus materializou-se em mais de 37 patentes submetidas ou em preparação, consolidando a liderança do Instituto RAIZ no registo nacional da propriedade industrial. É igualmente visível a inovação nos 66 protótipos e 114 provas de conceito gerados pelo consórcio, bem como pelos produtos inovadores e diferenciadores criados. Destes, pelo menos quatro já se encontram em fase de comercialização – três produtos de papel higiénico-sanitário e outro de papel de embalagem kraftliner produzido a partir de pasta de alto rendimento -, mas também oito potenciais novos produtos e negócios no domínio da bioeconomia de base florestal.
Entre os múltiplos resultados deste projeto, é de destacar igualmente o desenvolvimento de um processo inovador de produção de pastas de alto rendimento. Este foi o ponto de partida para um dos lançamentos mais importantes na história recente da Navigator: a nova gama de papéis para embalagem, a gKraf, oferecendo uma alternativa aos produtos de origem fóssil, como o plástico. Além disso, deu origem a materiais inovadores já em fase de comercialização ou pré-comercialização para o mercado da higiene e saúde, como os produtos tissue com aditivos – perfumes, suavizantes ou antibacterianos.
Existem igualmente outros projetos promissores em fase de demonstração industrial, como novas argamassas e cimentos ecológicos com integração de cinzas das caldeiras de biomassa, assim como aplicações da lenhina, um subproduto do processo industrial, para aplicação em espumas de poliuretano, adesivos e compósitos. Entre os resultados, de destacar também biocombustíveis a partir dos sobrantes da biomassa florestal, através de diferentes tecnologias.
Este é, assim, um projeto que extravasa as fronteiras da ciência e da economia, estendendo a sua influência à sustentabilidade e à qualidade de vida das futuras gerações e que põe em evidência a importância da floresta plantada e do eucalipto globulus como matéria-prima de excelência.